Curso Introdução à Cápsula Endoscópia 2021
O curso é promovido pela Clínica Universitária de Gastrenterologia da FMUC, dirigida pelo docente da Faculdade de Medicina, Pedro Narra Figueiredo.
Com seis metros de comprimento e difícil acesso, o intestino delgado é um segmento do tubo digestivo que tem sido complicado estudar e trabalhar. Hoje, com a ajuda de uma cápsula endoscópica, o trabalho dos especialistas é facilitado. Mas para utilizarem a tecnologia, é necessária formação. Com isso em mente, a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) promove, pela terceira vez, o curso de Introdução à Cápsula Endoscópica.
Depois de uma edição realizada remotamente, em 2020, o curso de introdução à Cápsula Endoscópica da FMUC regressa, em 2021, ao formato presencial. “Dirigida a internos e especialistas de Gastrenterologia que pretendam trabalhar com a cápsula endoscópica”, a formação “tem despertado muita atenção, vontade e interesse”, conta Pedro Narra Figueiredo. O coordenador do curso e docente da FMUC explica que, “no contexto de formação pós-graduada, papel obrigatório da faculdade,” o objetivo passa por "formar os internos, familiarizá-los com as indicações e com o como fazer" no âmbito da vídeo cápsula.
“A vídeo cápsula constituiu um grande avanço no âmbito do estudo das doenças do aparelho digestivo ao permitir visualizar todo o intestino delgado, de uma forma não invasiva e confortável para o doente”, adianta Pedro Narra Figueiredo.
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Hoje, cada exame de vídeo cápsula demora cerca de 30 a 45 minutos a ser analisado. Atualmente, investigadores da Universidade de Coimbra estão a desenvolver novas técnias para diminuir este tempo. A ideia, acrescenta Pedro Narra Figueiredo, é a utilização de inteligência artificial enquanto complemento ao trabalho da vídeo cápsula.
Desenvolvido entre a Faculdade de Medicina e o Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, o projeto consiste na aplicação de IA, “em cada filme, identificando à partida onde estão as lesões, permitindo agilizar o trabalho do médico”, conclui o responsável da FMUC.
UC | Marta Costa e Karine Paniza