O primeiro Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento do sul da Europa arrancou hoje em Coimbra
“Vivemos mais mas não necessariamente melhor”. Com a evolução da esperança média de vida surge, de acordo com Rodrigo Cunha, “o sonho de melhorar também a qualidade de vida”. É o objetivo principal do Multidisciplinary Institute of Ageing (MIA) de que é coordenador em Portugal e cuja “kick-off meeting” decorreu em Coimbra a 21 de janeiro.
“É urgente perceber porque envelhecemos”, sublinha Rodrigo Cunha. Assim, o MIA Portugal vai estudar “as bases celulares e moleculares do envelhecimento” para melhorar a qualidade de vida.
A Universidade de Coimbra (UC) “está aberta e é uma participante ativa, não apenas com ideias mas também com ações”, defende o Reitor, Amílcar Falcão. Com o aumento “em quantidade e em qualidade” da investigação feita, Amílcar Falcão sublinha que é uma aposta também “reforçar a área estratégica do envelhecimento”. Com o início de construção de um novo edifício, o UC Biomed, no Polo das Ciências da Saúde, a UC quer “dar apoio total” ao projeto do MIA. O espaço, com cerca de 20 mil metros quadrados, está previsto estar pronto daqui a dois anos. “O MIA Portugal vai ser um condutor de excelência em Coimbra”.
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), António Veiga Simão, defende que a reunião é uma forma de “a região reconhecer o trabalho desenvolvido há já alguns anos”. Para Veiga Simão, “muito tem sido feito. Do nosso lado, estamos prontos a arregaçar as mangas e trabalhar”, garante.
“Estamos a testemunhar o início de algo que nos fará a todos muito orgulhosos”, reforçou a Ministra para a Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. Com o apoio do governo a ser destacado por todos os presentes, Ana Abrunhosa acredita que o tema do envelhecimento é fundamental para o futuro: “é uma das poucas coisas na vida que temos como certas e temos de a resolver e fazê-lo agora”. “É algo que não tem de ser só negativo”, continua a ministra. Ana Abrunhosa acredita que é possível “encontrar soluções para que os nossos idosos contribuam para a nossa sociedade, ajudá-los a sentirem-se úteis, combatendo sempre o aspeto mais negativo do envelhecimento”.
“A minha esperança é que agora, com o MIA, possamos melhorar a qualidade de vida de todos e transformar a cidade de Coimbra num verdadeiro centro, nacional e internacional, de melhoria para a saúde e vida”, sublinha.
Para saber mais sobre o MIA Portugal, veja aqui.
Veja aqui algumas fotografias do evento:
UC - F. Fernandes e Marta Costa