VERDES PT: a App que quantifica e qualifica os resíduos sólidos domésticos produzidos em Portugal
Quantificar e qualificar os volumes de resíduos sólidos domésticos gerados por dia, mês e ano em cada uma das cidades de Portugal, em apenas alguns segundos, é agora possível graças à aplicação (app) “VERDES PT 2018”, desenvolvida pelo investigador Márcio Magera Conceição, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), no âmbito do seu pós-doutoramento orientado por Maria de Fátima Alves.
A aplicação, que pode ser descarregada gratuitamente a partir da App Store, em versões para os sistemas Android e iOS, vai ser lançada no próximo dia 15 de novembro, às 10 horas, no Auditório II do Colégio São Bento (Departamento de Ciências da Vida da FCTUC).
O grande objetivo da “VERDES PT2018”, de acordo com o investigador, é promover «uma maior consciência ambiental. Cada utilizador verá os milhões de euros que estão a ser colocados nos aterros sanitários e quantos empregos poderiam ser gerados com a reciclagem destas matérias-primas que ainda são chamadas popularmente de lixo.»
A aplicação indica também «os milhões de euros que são gerados com o processo de reciclagem já adotada em Portugal e todos os ganhos em matérias-primas, energia e ganhos ambientais por reutilizar os resíduos sólidos urbanos», acrescenta.
Todos os dados foram extraídos de plataformas oficiais do Governo de Portugal e confirmados pelo investigador. Assim, esta app permite quantificar e qualificar cientificamente o volume de resíduos sólidos urbanos produzidos nos municípios de Portugal, tipificando os resíduos domésticos e indicando os verdadeiros valores que estão a ser recuperados e também os valores perdidos pela não reciclagem.
Com estes dados, «governos, empresas, instituições e universidades poderão realizar políticas públicas e planos de negócio com uma menor incidência de erros e com um menor investimento no processo da implantação de centrais de reciclagem pelo país, sem deixar de mencionar que, com a apresentação dos volumes e valores, poderá criar uma consciência ambiental nos principais produtores de lixo do planeta», conclui o investigador do Centro de Ecologia Funcional da FCTUC.
Cristina Pinto